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Ato em prol da indústria naval e do Comperj reúne dez mil no Rio PDF Imprimir E-mail

Grupo de prefeitos se reúne com comissão da Petrobras. Empresa diz que contratações no Complexo Petroquímico serão retomadas

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24/08/2015 - Cerca de dez mil pessoas de vários municípios que integram o Leste Fluminense participaram na tarde desta segunda-feira (24/8) de um grande protesto a favor da retomada do Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro) e da recuperação da indústria naval na região em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro.



Ao final do protesto, um grupo de prefeitos se reuniu com uma comissão de dirigentes da Petrobras e recebeu a informação de que, na semana que vem, haverá o anúncio da contratação de alguns projetos no que diz respeito ao Comperj. Já sobre a indústria naval, uma nova reunião deverá ser marcada para uma proposta mais conclusiva por parte de estatal.

O prefeito de Niterói afirmou que a mobilização em torno das duas causas vai continuar.

"Esse movimento tem que continuar porque é um ato que reúne prefeitos de todas as cidades, empresários e trabalhadores. A economia regional e o Rio de Janeiro não podem mais sofrer com a lentidão para a retomada dos investimentos no Comperj e na indústria naval. Uma comissão da Petrobras recebeu os prefeitos, anotou todas as nossas intervenções e vamos continuar com essa mobilização que tem caráter superpartidário", disse o prefeito.

O prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo, disse que a nova reunião está prevista para acontecer em 30 dias.

"Esperamos que a comissão da Petrobras nos atenda daqui a 30 dias conforme foi marcado. Do contrário, os prefeitos vão se reunir, fazer outro tipo de ato e ir à Brasília conversar com a presidenta Dilma", disse.

O ato em Niterói começou por volta das 11h quando grupos se uniram em frente da Câmara Municipal. De lá, cerca de 2.500 pessoas foram de barcas para o Rio de Janeiro.

O chefe do Executivo niteroiense destacou que todos os municípios do Leste Fluminense estão unidos nesta luta.

"Tudo que acontece em São Gonçalo e Itaboraí afeta Niterói. A paralisação dos investimentos do Comperj reflete em todos os municípios. Os metalúrgicos que trabalham no Comperj e na indústria naval não estão sozinhos nesta luta. Nos últimos 10, 15 anos, conseguimos retomar o setor naval e alavancar investimentos na região. E é inaceitável que ocorra hoje um retrocesso com a contratação novamente de navios e embarcações de outros países, como a China, Tailândia e Cingapura, exportando emprego do brasileiro e gerando desemprego na região e afetando a economia destes municípios. Tenho certeza de que, com esse movimento, vamos vencer e manter o emprego nos estaleiros", disse.

O prefeito Helil Cardozo afirmou que a manifestação buscou resgatar a empregabilidade no Comperj e na indústria naval.

"Esse ato buscou chamar a atenção das autoridades estaduais e federaispara que sejam sensíveis às perdas que o municípios estão tendo. Queremos resgatar a economia do Rio de Janeiro, a empregabilidade tanto no Comperj e no setor naval. Não podemos mais continuar perdendo, a todo dia e a cada instante", disse.

Além do prefeito de Niterói e Helil, outros prefeitos também participaram do ato: Franciane da Conceição Motta (Saquarema); Neilton Mulim (São Gonçalo); Válber Marcelo (Tanguá); Waldecy Machado (Cachoeiras de Macacu); Nestor Vidal (Magé); Wanderson Gimenes (Silva Jardim); Marcos Aurélio Dias  (Guapimirim) e Solange Almeida  (Rio Bonito).

 


 


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