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Prefeitura pede recomposição de recursos a ministro da Saúde PDF Imprimir E-mail

saude
05/11/2015
- Em reunião na tarde desta quinta-feira (5/11), em Brasília, com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, o prefeito de Niterói, acompanhado do deputado federal Chico D’Ângelo, e da secretaria municipal de Saúde, Solange Oliveira, reivindicou a recomposição dos repasses daquela pasta para a cidade, que tiveram queda de aproximadamente R$ 30 milhões de 2014 em relação a 2015.



Para o ministro, o chefe do Executivo municipal relatou situação  herdada por sua administração especialmente o quadro dramático encontrado na saúde, com unidades fechadas e outras em péssimo estado de conservação.

O prefeito explicou que mesmo diante do quadro de insolvência financeira conseguiu, após um choque de gestão, investir na abertura, reforma e melhoria de unidades, oferecendo mais alternativas para a população. No entanto, tais investimentos aumentaram os gastos no setor e, consequentemente, a necessidade de apoio do Ministério da Saúde.

Entre as ações citadas estão a reabertura da emergência pediátrica do Hospital Getulio Vargas Filho, o  Getulinho, abertura da policlínica do Largo da Batalha, retomada das atividades das unidades Mario Monteiro e Carlos Tortelly,  investindo mais R$ 150 milhões em recursos próprios na saúde.

Apesar desses investimentos, o fechamento do Hospital Universitário  Antônio Pedro, a redução do atendimento das unidades estaduais na região leste fluminense, sobrecarregaram a rede municipal de Niterói. Exemplo disso é o volume de atendimentos do Getulinho. Na unidade, mais da metade dos atendimentos é proveniente de municípios vizinhos. No Mario,Monteiro, esse percentual é de aproximadamente 40%.

“Cumprimos o nosso compromisso de reabrir a emergência do Getulinho e no primeiro semestre do ano que vem vamos entregar a nova emergência infantil da cidade. Fizemos mais do que prometemos com a entrega do novo Mario Monteiro, a expansão da atenção básica,  a recuperação do Carlos Tortelly. Entretanto é insustentável que o Ministério da Saúde reduza recursos e a Secretaria estadual de Saúde não repasse nenhum centavo para a manutenção da rede de Niteroi, que atende municípios vizinhos. Atualmente 72% dos recursos da saúde de Niterói são municipais, 26% federais e apenas 2% da secretaria estadual de saúde. O SUS é um sistema que prevê o cofinanciamento da rede de saúde é isso não tem ocorrido em Niterói.”

O ministro se comprometeu a recompor parte das perdas de Niterói através das emendas apresentadas pelos deputados federais, que somam cerca de R$15 milhões, e a equipe técnica do Ministério ficou de analisar os motivos pelos quais houve a redução dos repasses para a cidade.

Ao final do encontro, o ministro Marcelo Castro disse que o Ministério vai avaliar a situação.

“Temos dados concretos trazidos pelo prefeito que vem fazendo um trabalho extraordinário. A saúde municipal melhorou em Niterói e nós somos parceiros.  E vamos ajudar no que for possível. É claro que estamos vivendo um momento muito grave de crise e nessa dificuldade vamos precisar otimizar os recursos para atender os pleitos trazidos, levando em consideração essa dificuldade que estamos passando. Sobre a questão da redução dos repasses já determinei análise de nossa equipe para saber o que efetivamente ocorreu e, se for o caso, corrigir distorções, pois não era para isso estar acontecendo.”


Chico D'Ângelo avaliou como positivo o encontro e elogiou a postura do prefeito e do ministro.

“A explanação dada pelo prefeito, mostrando suas realizações, deu ao ministro a exata noção da situação do município. O que foi feito e o que precisa ser feito. Assim ele tem um quadro detalhado de nossas necessidades e poderá avaliar as melhores formas de nos ajudar apesar do cenário adverso.”

Solange Oliveira destacou a importância do encontro.
“A visita foi importante para nos mostrar a dimensão do problema que está sendo enfrentado a nível nacional e explicarmos que a rede de saúde de Niterói vem sendo muito sobrecarregada em função dessa crise que afeta unidades federais. Estamos numa expectativa dos próximos passos a serem dados e  do financiamento da saúde de Niterói para os próximos meses e em 2016.”

 

 


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