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Niterói lança pacote de ações contra o Aedes aegypti |
Ações envolvem quase todos os órgãos da Prefeitura. 13/01/2016 - Uma parceria com a Fiocruz e o lançamento do aplicativo Sem Dengue também fazem parte do plano de combate ao mosquito A Campanha “Não Crie Mosquito em Casa” foi lançada nesta quarta-feira (13/01) pela Prefeitura de Niterói.
Uma grande ação, que envolve várias secretarias e órgão municipais, será realizada na cidade. As duas principais ferramentas serão uma parceria com a Fiocruz, que terá Niterói como o foco de uma pesquisa que usa mosquitos infectados por uma bactéria que atua como uma vacina contra o Aedes, e o lançamento do aplicativo “Sem Dengue”. Através do app, a população poderá tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito. O anúncio foi feito no auditório da Prefeitura com a participação de representantes de todas as secretarias.
“Quero pedir a cada um aqui, representantes de todos os órgãos, a mobilização e o engajamento de todos neste trabalho, para enfrentarmos esse mosquito. Temos uma performance muito positiva nesta crise, e a questão mais importante é a mobilização e a comunicação com a população. Hoje estamos lançando este aplicativo Sem Dengue, com o qual o cidadão tem a possibilidade denunciar casas, prédios que estejam com risco de serem ou se tornarem criadores do mosquito. Além disso, eu já assinei um decreto que permite à Secretaria de Ordem Pública, com o auxílio da Polícia Militar, adentrar em residências particulares onde o proprietário não tome providências quanto à limpeza do espaço. Com esse aplicativo e com essa mobilização de toda a Prefeitura, a gente vai intensificar nos próximos dias essa ação, tudo isso combinado, sobretudo, com a mobilização de vocês. É fundamental que a gente tenha como foco esse trabalho, para que continuemos a ser uma referência positiva na prevenção contra a dengue", disse o prefeito. Através do novo aplicativo de celular,a população poderá tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, da zika e da Chikungunya. Como o Sem Dengue é georreferenciado, identificará automaticamente o endereço do local fotografado pelo cidadão. A denúncia do foco será enviada pela internet para a prefeitura e vão ajudar o trabalho dos agentes de controle de endemias. Gratuito, o app estará disponível para usuários do sistema Android a partir desta quarta-feira. Quem tiver smartphone com sistema IOS poderá baixar a partir de 23 de janeiro. O aplicativo foi desenvolvido pelo Colab, rede colaborativa já utilizada pela prefeitura. A campanha terá, ainda, a distribuição de panfletos, cartazes, divulgação nas mídias sociais e uma página especial no Portal da Prefeitura (www.niteroi.rj.gov.br/contradengue). Além do foco na eliminação dos criadouros, a iniciativa informará a população sobre os sintomas das doenças. Em Niterói, as pessoas já podem denunciar possíveis focos de Aedes pelo Disque Dengue (2621-0100).
Parceria com a Fiocruz
Em reunião com o presidente da FioCruz, Paulo Gadelha, o prefeito formalizou uma parceria, para que Niterói se torne o campo de experiência formal para uma pesquisa realizada pela fundação. O trabalho consiste na liberação de mosquitos infectados por uma bactéria (Wolbachia) no habitat natural do inseto. Essa bactéria atua como uma espécie de vacina para o Aedes, impedindo que os vírus se multipliquem no organismo do mosquito, que deixa, portanto, de transmitir as doenças. “Essa parceria se iniciou no segundo semestre de 2014. Este programa é muito importante não só para Niterói. Acredito que é mais importante ainda para o país. Este programa muda completamente o estágio da luta contra o Aedes, e coloca as autoridades sanitárias de saúde em um patamar de avanço contra essas doenças terríveis. Esta parceria teve início como um projeto-piloto em Jurujuba. É uma conquista extraordinária. O presidente da Fiocruz explicou como funciona a pesquisa: “Nossa experiência é muito promissora, já com eficácia comprovada a nível internacional. Tem origem com um grupo australiano, que foi o primeiro a criar e a desenvolver essa tecnologia. Começamos no Brasil com projetos-piloto e já temos resultados muito satisfatórios que atestam que essa tecnologia é capaz de em um período previsto fazer com que a região onde ela é desenvolvida, em um período curto, passe a ter a predominância de cerca de 70 a 80% da colônia com esses mosquitos incapazes de transmitir a dengue, a zika e a Chikungunya. Essa parceria em Niterói será uma das mais promissoras”, afirmou Gadelha. Casos na Cidade Os próximos mutirões serão realizados nos dias 16 (Preventório), 23 (Engenho do Mato) e 30 (Comunidade do Abacaxi/ Jonatas Botelho). Eles vistoriam as casas, conversam com moradores, distribuem folhetos e, quando encontram um foco, aplicam o larvicida nos criadouros. O trabalho é feito em parceria pelas secretarias municipais de Saúde; Conservação e Serviços Públicos; Educação, Ciência e Tecnologia; e Obras, além da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin). Agentes da Defesa Civil de Niterói também estão sendo treinados para auxiliar os agentes do Centro de Controle de Zoonoses a disseminar informações nas comunidades. O Aedes aegypti se desenvolve na água limpa e na parada em até cinco dias. Nessa corrida contra o tempo, algumas ações são fundamentais e fazem toda a diferença, como: manter caixas d'água fechadas, limpar calhas, encher os pratinhos de vasos de planta com areia até a borda, não deixar que garrafas e outros recipientes acumulem água, guardar pneus em locais abrigados da chuva, não jogar lixo em terrenos, manter latas de lixo tampadas.
A secretária municipal de Saúde, Solange Oliveira, explica que não existe tratamento específico para nenhuma das doenças. Os medicamentos prescritos servem para controlar a febre e as dores. “É importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos principalmente para os casos suspeitos de dengue, que é a doença mais grave”, alerta. Na dengue, a febre é alta, dura de quatro a sete dias, a dor no corpo e a dor de cabeça são intensas, e as manchas surgem a partir do quarto dia, em até 50% dos casos. Dor intensa nas articulações, que incham com frequência, é o principal sintoma da chikungunya, que também dá febre alta (dois a três dias) e manchas na pele (que surgem do segundo ao quinto dia, em metade dos casos). Na zika, quase todos os pacientes têm manchas na pele que coçam muito e a conjuntivite é comum (50% a 90% dos casos), mas a febre é rara (quando surge, é baixa e dura até dois dias). A doença é mais grave para as gestantes, pois tem sido associada a casos de microcefalia no feto. Por isso, é importante reforçar as medidas de proteção contra as picadas do mosquito nas mulheres grávidas. “Sempre que possível, elas devem usar roupas que protejam as partes expostas do corpo, como pernas e braços, e procurar uma unidade de saúde ao apresentar um dos sintomas. O uso dos repelentes nas gestantes deve sempre seguir a orientação do médico”, lembra Solange. A médica reforça que não se deve tomar medicamentos por conta própria, pois isso pode mascarar sintomas ou mesmo agravar o estado de saúde; e que as pessoas devem procurar atendimento médico ao surgirem alguns dos sintomas de dengue, chikungunya ou zika. |