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Guarda Municipal socorre grávida em trabalho de parto presa no engarrafamento provocado pelo sequestro de ônibus na Ponte |
Depois de deixar Estefani no hospital, Taranto ainda retornou ao Barreto de moto para buscar o marido de Estefani, para que ele pudesse conhecer a filha. "O guarda foi um anjo que apareceu na minha vida e na vida da minha filha", relembra Estefani. "Apareceu para nos ajudar diante de um completo caos. Foi super prestativo e cuidadoso comigo, me deixando dentro do hospital até saber que eu estava bem e depois ainda deu atenção ao meu marido. Nunca vou poder agradecer a todo esse carinho". Estefani chegou ao hospital às 12h40 levada pelo guarda. A menina nasceu às 13h44. A família saiu de casa por volta das 6h, em direção ao hospital particular no Centro de Niterói, sem imaginar ainda, que o trânsito no caminho estava parado por causa do sequestro de um ônibus na Ponte Rio Niterói. Foram quase três horas aguardando até que Estefani disse que não aguentava mais de dor. O motorista de aplicativo do carro onde estava tentou vários desvios até que parou no viaduto da Avenida do Contorno. Foi quando pediu ajuda ao guarda municipal. Taranto, que é casado e tem um filho de 11 anos, é morador de Niterói, e trabalha na Coordenadoria de Trânsito da Guarda Municipal de Niterói há quatro anos. “Quando fui abordado pelo motorista, primeiro tentei acionar o socorro, mas logo percebi que poderia não dar tempo. Tentei desobstruir o caminho, mas não era possível, estava tudo muito parado, e ela dizia que as contrações estavam aumentando. Mesmo eu explicando que só tinha a moto, a família concordou e pediu que eu a levasse mesmo assim. Fui devagar e o tempo todo me preocupando em perguntar se ela estava bem e se queria que eu parasse”, contou Taranto. “Em alguns momentos, em nossa profissão, temos que tomar atitudes. Sei que optei pela atitude certa. Logo depois que chegamos ao hospital, a bolsa estourou. Felizmente elas estão bem e sinto a sensação de dever cumprido” Após deixar Estefani no hospital, Taranto voltou ao local para dar notícias a família que ainda estava no engarrafamento, e deu carona para o pai da menina, Ronald  Natam Silva de Oliveira, 20, para encontrá-las. “Ele estava muito nervoso, aguardando notícias”, lembrou o guarda. A avó paterna de Morena, a faxineira Ana Lucia Silva de Oliveira , 42, fez questão de elogiar a ação do guarda. “Se não fosse  a atitude dele, o parto poderia ter sido traumático, na rua mesmo. Nós já tínhamos visto o guarda, e eu sabia que estava de moto, mas era melhor a moto do que a neném nascer no meio do trânsito. Ele foi muito atencioso com a gente durante todo o tempo”, contou Ana Lucia. “No meio de tanta coisa ruim  acontecendo, é tão bom  sabermos que existe gente do bem”, completou  Ana Lucia. |